Neonazismo e transição democrática

A experiência brasileira

Autores/as

  • Leandro Pereira Gonçalves Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Odilon Caldeira Neto Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Guilherme Ignácio Franco de Andrade Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Palabras clave:

Extrema-direita, Neonazismo, Transição democrática

Resumen

Após o fim do período de regimes autoritários de direita, a América Latina experimentou um período de democratização política. Em cada contexto nacional, esse processou decorreu com suas implicações, ainda que existissem similaridades em marcos temporais e característica gerais ou particulares. Neste trabalho, nosso objetivo é investigar quais foram as principais estratégias utilizadas pela extrema-direita neste campo político e contexto histórico, incluindo a meta eleitoral. Esta questão será analisada a partir do neonazismo durante a transição democrática, abordando as suas diversas estratégias e campos de atuação, que incluem as culturas juvenis urbanas, a literatura antissemita e negacionista e as tentativas de organização de partidos políticos, com particular ênfase analítica no aspecto brasileiro.

Citas

Almeida, A, 2004. Skinheads: Os “Mitos Ordenadores” Do Poder Branco Paulista. São Paulo – Mestrado, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP.
—, 2013. A Divisão 18: a identidade de resistência de uma organização Skinhead White Power Argentino-brasileira. Contemporâneos: Revista de Artes e Humanidades. Vol. 11, pp. 1-21.
Almeida, F. C., 2012. A “nova” Extrema-Direita: o caráter grupuscular das organizações neofascistas em Portugal e na Argentina. Locus, vol. 18, pp. 187-208.
Arditi, B., 1989. Adiós a Stroessner: Nuevos espacios, viejos problemas. Nueva Sociedad, n.102, pp. 24-32.
Athaides, R., 2001. O Partido Nazista no Paraná (1933-1942). Maringá: Eduem. p. 224.
Billig, M. 1992. The Extreme Right: Continuities in Anti-Semitic Conspiracy Theory in Post-War Europe. En: R. Eatwell y N. O’Sullivan. The Nature of the Right: American and European Politics and Political Thought Since 1789. London: Printer Publishers, pp. 146-167.
Bivar, A., 1986. O que é Punk?. São Paulo: Brasiliense, p. 184.
Caldeira Neto, O., 2012. Memória e justiça: o negacionismo e a falsificação da história. Antíteses, 2009. – vol. 02 – p.1-27.
Caro, I., 2007. Extremismos de derecha y movimientos neonazis (Berlin, Madrid, Santiago). Santiago: LOM Ediciones, p. 362.
Castan, S.E., 1985. Holocausto: Judeu ou Alemão? – Nos Bastidores da Mentira do Século. Porto Alegre: Revisão Editora, p. 318.
Costa, M. R., 2000. Os carecas do subúrbio: caminhos para o nomadismo moderno. São Paulo: Musa, p. 232.
Dias, A. A. M., 2007, Os anacronautas do teutonismo virtual: uma etnografia do neonazismo na Internet. Campinas: Unicamp, p. 207.
Essinger, S., 1999. Punk – Anarquia Planetária e a Cena brasileira. São Paulo: Ed. 34, p. 259.
Ford, H. 1989. O Judeu internacional. Porto Alegre: Revisão, p. 289.
Gertz, R., 1987. O fascismo no sul do Brasil: germanismo, nazismo, integralismo. Porto Alegre: Mercado Aberto, p. 205.
Griffin, R., 2003. From slime mould to rhizome: an introduction to the groupuscular right. Patterns of Prejudice. Vol. 37, n. 1, pp. 27-50.
Herf, J., 1993. O modernismo reacionário. Campinas; São Paulo: Ed. Unicamp; Ensaio, p. 318.
Hockenos, P., 1995. Livres para odiar. Neonazistas: ameaça e poder. São Paulo – Scritta, p. 383.
Jesus, C.G.N., 2006. Anti-semitismo e nacionalismo, negacionismo e memória: Revista Editora Revisão e as estratégias da intolerância. São Paulo: Editora UNESP, p. 243.
Laquer, W., 1996. Fascism: Past, Present, Future. Oxford: Oxford University Press, p. 273.
Lopes, L. R., 1992. Do terceiro Reich ao novo nazismo. Porto Alegre : Ed. UFGRS, p. 163.
Marchi, R., 2011. Movimento Sociale Italiano, Alleanza Nazionale, Popolo delle Libertà: do neofascismo ao pós-fascismo em Itália. Análise Social – 2011. – vol. XLVI (201), p. 697-717.
Milza, P., 1987. Fascisme français: passé et présent. Paris: Flammarion, p. 319.
Oliveira, S., 1989. Hitler: Culpado ou inocente? Porto Alegre: Revisão, p. 150.
—, 1993. Sionismo x Revisionismo - Fantasia x Realidade. Porto Alegre: Revisão, p. 90
Pierucci, A. F., 1987. As bases da nova direita. Novos Estudos (CEBRAP)., n. 19, pp. 17-24.
Power, T. J., 2000. The Political Right in Postauthoritarian Brazil: Elites, Institutions, and Democratization. Universit Park: Pennsylvania State University Press, p. 385.
Reis Filho, D. A., 2010. Ditaduras, Anistia e Reconciliação. Estudos Históricos, v. 23, n. 45, pp. 171-186
Sader, E., 2001. Quando novos personagens entraram em cena: experiências, falas e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo (1970-80). Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 181.
Salem, H., 1995. As tribos do mal: o neonazismo no Brasil e no mundo. São Paulo: Atual, p. 199.
Silva, K. K. J. & D. C. S. Maynard, 2010. Intolerância Digital: história, extrema-direita e cibercultura (1996-2006). Scientia Plena – 2010. v. 6, n. 12., p. 17-28.
Vale, A. L. F., L. C. Lima & M. G. Bonfim, 2004. Século xx: 70 anos de imigração interna no Brasil. Textos & Debates, n. 7. pp. 22-43.
Vizentini, P. F., 2000. O ressurgimento da extrema-direita e do neonazismo: a dimensão histórica e internacional En: L. Milman & P. F. Vizentini. Neonazismo, negacionismo e extremismo político. Porto Alegre: Ed. UFRGS, p. 47-75.
Winock, M., 1994. Histoire de l’extrême-droite en France. Paris: Éditions du Seuil, p. 381.

Descargas

Publicado

2018-11-10

Número

Sección

Dossier